Leia a cobertura completa da crise nos EUA
Entenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA
Veja os países e instituições financeiras afetados diretamente pela crise
Às 7h35 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 3,19% no índice FTSE 100, indo para 4.386,34 pontos; a Bolsa de Paris caía 3,41% no índice CAC 40, indo para 3.494,61 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha queda de 3,34% no índice DAX, operando com 4.994,05 pontos; a Bolsa de Amsterdã perdia 3,37% no índice AEX General, que estava com 270,03 pontos; a Bolsa de Milão tinha baixa de 2,49% no índice MIBTel, que ia para 17.100 pontos; e a Bolsa de Zurique estava em baixa de 2%, com 6.052,73 pontos no índice Swiss Market.
O índice Dow Jones Stoxx 600 chegou a cair 3% hoje, para 221.31, com todos os 15 setores que compõem o indicador registrando baixa.
A expectativa quando aos juros no BC do Reino Unido e no BCE é de uma queda de 0,5 ponto percentual em cada, para 4% e 3,25% respectivamente. Na segunda-feira (3), a Comissão Européia, o órgão executivo da União Européia (UE), informou que a zona do euro já está em recessão e ficará nessa situação até 2009.
O PIB (Produto Interno Bruto) dos países da região que utiliza a moeda comum começou a se contrair no segundo trimestre de 2008 (-0,2%) e, segundo a comissão, voltou a perder força no terceiro (-0,1%) e seguirá caindo no quarto (-0,1%), para começar uma lenta recuperação a partir de 2009.
A Comissão Européia prevê que todas as grandes economias do bloco --Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha-- entrarão neste ano em recessão, que acontece tecnicamente quando o PIB se contrai por dois trimestres consecutivos. Como resultado, em todo o ano de 2008, o crescimento da zona do euro será de 1,2% (frente ao 2,7% em 2007), de 0,1% em 2009 e de 0,9% em 2010.
O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Joaquín Almunia, deixou claro que "a crise financeira não acabou e advertiu que seu efeito pode ser mais longo ou pronunciado do que o calculado.
Um corte de 0,5 ponto igualaria a medida de emergência adotada no dia 8 de outubro, em conjunto com outros BCs; acima disso, seria o maior corte de juros já feito pelo banco. "Se o corte for de 0,5 ponto, o comunicado após a decisão provavelmente indicará mais cortes", informou o economista Erik Nielsen, do banco Goldman Sachs, em um comunicado, segundo a agência de notícias Reuters.
Já quanto ao Banco da Inglaterra, as expectativas para o corte chegam a mais de 0,75 ponto percentual. "Eu votaria em um corte de 1,5 ponto percentual", disse o ex-diretor do BC britânico e professor da London School of Economics, Willem Buiter, segundo a Reuters. "Não acho que chegarão a tanto, é mais provável que fiquem com um corte de 0,5 ponto ou mesmo de 1 ponto."
No mercado de ações, os papéis da Cisco Systems e da News Corp. tinham baixa depois de as empresas reduzirem suas expectativas de lucros. Também caíam as ações do Man Group (-24%), da seguradora AXA (-5,6%) e Adidas (-3,3%).
Na Ásia, a animação dos investidores com a vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais nos Estados Unidos perdeu força e os mercados afundaram. A Bolsa de Tóquio recuou 6,5% no índice Nikkei 225. A Bolsa de Hong Kong caiu 7,1%; a da Coréia do Sul afundou 7,56%; e na China, a retração foi de 2,44%. A Bolsa de Sydney (Austrália) teve perda de 4,22%.
Na quarta-feira, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, perdeu 5,05% e o Nasdaq, 5,53%, diante de novos indicadores que confirmam a situação difícil da economia americana. As Bolsas européias também fecharam em baixa.
No Brasil, a conclusão da eleição nos EUA derrubou a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, retraiu 6,13% no fechamento e bateu os 37.785 pontos.
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