terça-feira, 25 de novembro de 2008

"Sou muito preparado para ganhar", diz Muricy


Felippe Facincani
Direto de São Paulo

A dois pontos de conquistar seu terceiro título brasileiro consecutivo, o técnico são-paulino Muricy Ramalho não se disse o melhor treinador do País quando questionado sobre o assunto, mas afirmou que é um profissional pronto para vencer.


"Eu sou muito preparado, isso eu posso falar. Tem muitos bons treinadores que ninguém cita, mas a gente conhece", diz Muricy. "Sou muito preparado para ganhar, e isso é importante. O cara não pode ser mais ou menos", afirmou Muricy nesta terça-feira, no CCT da Barra Funda.

Responsável pela recuperação de atletas como Hugo, Borges e Dagoberto, o técnico falou sobre sua forma de atuar. "Eu trabalho com o que eu tenho, mas com certeza eu tento melhorar o jogador", afirmou. "Nos momentos em que o jogador ficou com a cabeça baixa, acredito que atuei bem", completa.

Um dos principais nomes do time no Campeonato Brasileiro, Hugo chegou a ser afastado para negociar sua saída do São Paulo. "Ele saiu de uma situação complicada e hoje é um dos destaques do time", atestou o comandante.

Muricy nega o estilo "paizão" assumido por técnicos como Luiz Felipe Scolari e Joel Santana, mas diz que mantém uma relação de lealdade com os atletas. Ao comentar o assunto, ele lembrou que também foi jogador de futebol.

"O jogador é um ser-humano. Quando ele tem problemas, a gente conversa com ele. No momento ruim, quando todo mundo cobra o jogador, pede para mandá-lo embora, eu trabalho bem. Eu sei contornar bem a situação e as pessoas verificam isso", explica.

Para Muricy, um dos motivos de sua longevidade no São Paulo são os resultados e o pulso firme do presidente Juvenal Juvêncio. "A gente já conseguiu colocar 10 jogadores na Seleção Brasileira, é um número muito bom. O São Paulo sempre terá jogadores na Seleção".

Nesta edição do Campeonato Brasileiro, o São Paulo chegou a ficar a 11 pontos do Grêmio, então líder do torneio. O treinador do time tricolor admite que o provável terceiro título nacional seria o mais difícil dentro todos.

"O mérito é de todos, da comissão técnica, diretoria, mas nesse ano eu trabalhei um pouco mais duro, foi mais difícil de trabalhar. Aconteceram coisas que geralmente não acontecem, mas a questão de mérito é dividida", declarou. "Nos outros anos, tínhamos mais opções", acrescentou.



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