Vanderlei Luxemburgo encerrou na tarde desta quarta-feira a polêmica envolvendo o goleiro Marcos, que no último domingo virou atacante a partir dos 29min do segundo tempo, durante a derrota por 1 a 0 para o Grêmio, sem o consentimento da comissão técnica. O comandante palmeirense aplicou uma punição simbólica ao ídolo da torcida: contribuir com a 'caixinha' dos jogadores para o churrasco de final de ano.
Segundo Luxemburgo, o episódio deve servir de aprendizado para o pentacampeão mundial e ele segue com moral dentro do clube alviverde. O treinador rechaçou também qualquer tipo de 'racha' no elenco.
"Ele expôs para vocês [jornalistas] o que aconteceu primeiro, depois para o grupo e para mim. O caso está encerrado. Pra mim, está tudo sossegado. O Marcos vai continuar sendo o meu homem de confiança, o capitão da minha equipe e ano que vem vai continuar aqui comigo", informou.
Na última terça-feira, o camisa 12 palmeirense pediu desculpas publicamente pelo seu ato e alegou que achava que faltavam sete minutos para o término do jogo. "Todo mundo pode julgar minha atitude e, analisando friamente em casa depois, vi que foi ridícula. Mas ninguém tem o direito de julgar minha intenção. Pra mim faltavam sete minutos e pensei: 'perdido por um, perdido por dez'. Não quis passar por cima do treinador ou da diretoria, nem criticar os jogadores", argumentou.
Após a partida, Luxemburgo afirmara que o assunto seria tratado internamente. "Tive a sensibilidade ali na hora, porque depois de uma derrota como aquelas todos estavam com os nervos à flor da pele, e poderia ter causado mais problema do que causou. O Marcos não é um fio desencapado 220 que vai causar problemas para o grupo. Ele vai pagar uma caixinha para o churrasco de final de ano. Não tem mais nenhuma seqüela."
Essa foi a segunda vez em 15 dias que o atleta de 35 anos foi questionado publicamente por Luxemburgo. Após a derrota por 3 a 0 para o Fluminense, no dia 25 de outubro, o goleiro criticou o time e mencionou um psicólogo para combater a falta de regularidade no Campeonato Brasileiro. Dois dias depois, o meia Diego Souza discordou do capitão, assim como o treinador.
"O Marcos é um grande ídolo, é o 'São Marcos', e suas atitudes têm eco e ressonância. Ele fala as coisas espontaneamente, e todo mundo saboreia, mas essa ingenuidade dele traz problemas. Ele tem que entender o seu peso dentro clube. Espero que tenha aprendido", finalizou Luxemburgo.
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